E o braço do violão
Cortei a cabeça do prego
Rasguei a pele do tambor
A unha de gato do muro
Foi difícil de tirar
Estava firme e seguro
Arranquei bem devagar
Fiz tudo com consciência
Paciência e determinação
Com a ciência de um bruxo
Num ritual de mutilação
Movido por um impulso
Que gritava dentro de mim
Cometer um ato
Com começo, meio e fim
Pra você que está me ouvindo
Isto é uma confissão
Não existe Céu ou Inferno
No ato da criação
Mas não sou um cara violento
Nem trabalho com decoração
Meu negócio é outro
Vivo de fazer canção
(mas às vezes falta imaginação)
credits
from Na Lojinha de Um Real Eu Me Sinto Milionário,
released September 26, 2012
PP: vozes, violões, folha de papel sobre a mesa e “serrote” no violão
leonardo mendes: programação eletrônica
samba sam: surdo, tamborim, cuíca e pratos